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A Estética da Crise: Um Olhar sobre o Processo Criativo

Foto do escritor: Ivan Sasha Viana StemlerIvan Sasha Viana Stemler

No meu Projeto Final, discutimos a transformação do processo criativo pela IA. Agora, vamos nos aprofundar em um tema intrigante: a estética da crise.

Quadro 'Trigal na Serra', de Guido Mondin, depredado durante invasão ao Congresso Nacional em 8 de janeiro de 2023— Foto: Senado Federal/Divulgação


A ideia de que a estética está sempre em crise não é nova. Flusser, Benjamin e Barthes já refletiam sobre isso. Walter Benjamin, em "A Obra de Arte na Era de Sua Reprodutibilidade Técnica", destacou que a reprodução técnica destrói e corrompe a "aura" da arte, desencadeando uma crise estética. Roland Barthes, por sua vez, argumentou que a morte do autor transforma a interpretação da obra de arte, também gerando uma crise contínua.


Flusser, em "Filosofia da Caixa Preta", sugere que a fotografia nos programou para pensar informaticamente, influenciando nossa percepção estética. Ele destaca que o surgimento de novas tecnologias sempre gera uma crise, forçando uma reavaliação do que consideramos arte.

Mas, afinal, por que a crise é estética? Porque a arte, por natureza, é uma forma de questionamento e ruptura. A crise não é um sinal de destruição, mas de transformação. É a própria essência da arte se reinventando constantemente. A cada nova tecnologia, seja a fotografia no passado ou a IA no presente, somos desafiados a repensar os parâmetros estéticos.


A crise, portanto, é uma constante. E isso é algo positivo(!/?) A crise estética nos obriga a explorar novas fronteiras, a sair da zona de conforto e a buscar novas formas de expressão. Ela é tanto uma oportunidade de crescimento e inovação quanto a razão do desespero de muitos por ai!


No meu Projeto Final, explorei como a IA expande as possibilidades criativas, sem necessariamente criar algo totalmente novo. É uma extensão das crises estéticas passadas, moldando nosso futuro artístico.


Portanto, ao invés de temer a crise, devemos abraçá-la. É através dela que evoluímos e nos adaptamos às novas realidades. A crise é uma chance de reinventar e reimaginar a arte.

Para quem quiser se aprofundar mais nesse tema, recomendo a leitura do meu Projeto Final. A crise é apenas o começo de uma nova jornada criativa.

 
 
 

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